terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Soneto VI - Gregório de Matos...e um breve adendo

Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.

Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se formosa a Luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?

Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.

Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.


Soneto IV - Gregório de Matos


Porém...


alguns céus nublados duram mais, outros menos. Mas nunca tempo demais a ponto de esquecermos do brilho do sol e do que aprendemos. E durante esse tempo dá pra ver algo bom no movimento das nuvens e na beleza dos tons acinzentados...algo como pessoas que conhecemos ou o sol, do qual grandiosa luz recebemos, como se o céu nunca tivesse se fechado.

-uma breve conversa entre dois bons amigos


Marcus Alves




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