domingo, 7 de junho de 2020

Hora de dormir

Hoje redargui às minhas angústias
com indiferença.

É madrugada, e luna vem me visitar.
Seu lindo fulgor, que ilumina o ar gélido
das trevas, adentra difusamente pela
ventana.

Tenho espírito notívago.

Abro os olhos e vejo que dois luzeiros
esmaecem-se convergindo obscuramente
sobre mim, formando uma penumbra ao
meu redor, e cá estou no centro dela,
como fachos rutilantes direcionados ao
artista solo, mas aqui de maneira
sombria e densa.

Belo, todavia lúgubre.

Temo.

Marcus Alves - Hora de dormir

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