Hoje redargui às minhas angústias
com indiferença.
É madrugada, e luna vem me visitar.
Seu lindo fulgor, que ilumina o ar gélido
das trevas, adentra difusamente pela
ventana.
Tenho espírito notívago.
Abro os olhos e vejo que dois luzeiros
esmaecem-se convergindo obscuramente
sobre mim, formando uma penumbra ao
meu redor, e cá estou no centro dela,
como fachos rutilantes direcionados ao
artista solo, mas aqui de maneira
sombria e densa.
Belo, todavia lúgubre.
Temo.
Marcus Alves - Hora de dormir
domingo, 7 de junho de 2020
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